Após 72 dias, o acampamento de manifestantes golpistas instalado em frente ao 12º Grupo de Artilharia de Campanha, em Jundiaí, foi desmontando nesta segunda-feira (9). Cumprindo ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), a Polícia Militar auxiliou na retirada dos extremistas.
A ordem para desmobilizar acampamentos golpistas em todo o país foi dada após os atos de vandalismo que ocorreram neste domingo (8) em Brasília, com depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF.
Três viaturas da polícia patrulhavam o local. Apenas veículos que faziam a retirada dos acampados e de seus equipamentos, parte deles guiados por parentes dos representantes da extrema direita, como filhos, irmãos e cunhados, puderam circular pela via.
Nesta segunda (9), o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL), disse que são monitorados 34 focos de atos golpistas no estado e que a polícia vai usar o diálogo para cumprir a decisão do ministro Alexandre de Moraes.
“É uma orientação do governador [Tarcísio de Freitas] para que isso seja feito de maneira pacífica, e entendo que assim será”, disse o capitão Derrite. “Isso vai ser feito com uso escalonado [de força]. A gente vai, por meio do diálogo, informar aos manifestantes que há uma ordem judicial de desmobilização dos acampamentos.”
Prefeitura não responde questionamentos
Questionada sobre quantas multas foram aplicadas naquela região, haja vista a quantidade de carros estacionados irregularmente em cima de rotatórias e canteiros, a Prefeitura de Jundiaí se limitou a responder que “a Unidade de Gestão de Mobilidade e Transporte (UGMT) informa que as equipes de trânsito realizam o monitoramento, diariamente, da Avenida 14 de Dezembro e de vias da região a fim de evitar quaisquer transtornos aos motoristas, além de garantir a circulação de transporte público.”
Atitudes só foram tomadas após ofício do Partido dos Trabalhadores
Na manhã de segunda (09), o Partido dos Trabalhadores oficiou o Ministério Público, a Prefeitura de Jundiaí, os comandos da GCM, PM e do 12º GAC para que a determinação do ministro Alexandre de Moraes fosse cumprida. O ofício foi assinado por Mariana Janeiro, da executiva nacional do PT e por Ederson Felipe, presidente do PT Jundiaí.
