Gestão Martinelli aumenta passagem de ônibus para R$ 5,60

A gestão do prefeito Gustavo Martinelli decidiu aumentar a tarifa do transporte público em Jundiaí para R$ 5,60, valor que entrará em vigor a partir deste domingo (6). A Prefeitura justificou o reajuste como uma medida para garantir a continuidade do serviço diante da alta dos custos operacionais, incluindo o reajuste salarial de 7% dos motoristas e o aumento de benefícios como o vale-alimentação, despesas que não estavam previstas no contrato emergencial firmado em julho de 2024.

Desde a última atualização em 2023, a tarifa vinha se mantendo em R$ 5,00, mesmo com a inflação acumulada e o aumento das despesas obrigatórias, o que gerou uma defasagem no sistema. O índice utilizado para o reajuste foi o INPC acumulado entre janeiro de 2023 e maio de 2025, que resultou em uma correção de 11,17%. Após o arredondamento técnico, o valor do Passe Comum ficou fixado em R$ 5,60, enquanto o Vale-Transporte foi reajustado para R$ 6,15.

Apesar da justificativa oficial de que o aumento acompanha a inflação e busca preservar a sustentabilidade do sistema, a decisão ocorre em meio a críticas sobre a gestão municipal não ter conseguido evitar o impacto direto no bolso dos usuários. Nos últimos anos, a Prefeitura vinha ampliando o subsídio para custear os impactos da inflação no transporte, chegando a investir cerca de R$ 60 milhões em 2023 para manter a tarifa estável. No entanto, a atual administração optou por repassar parte desses custos aos passageiros, o que pode pesar principalmente sobre os trabalhadores que dependem do transporte público diariamente.

Além disso, a atualização tarifária posiciona Jundiaí em patamar semelhante a outras cidades com perfil parecido, cuja média das tarifas gira em torno de R$ 5,68. Ainda assim, a medida levanta questionamentos sobre a eficiência da gestão em controlar os custos e garantir um serviço acessível sem onerar a população.

A Prefeitura afirma que o reajuste foi elaborado com transparência, com planilhas e estudos técnicos disponíveis para consulta pública, mas a sensação entre os usuários é de que a responsabilidade pelo aumento recai diretamente sobre a atual gestão, que não conseguiu manter o subsídio em níveis que evitassem o reajuste da passagem

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