A Omron Healthcare, multinacional japonesa do setor de equipamentos médicos, encerrou as atividades de sua fábrica em Jundiaí, resultando na demissão de mais de 100 funcionários no dia 1º de outubro de 2025. A decisão foi comunicada aos trabalhadores em uma reunião no dia 4 de agosto, quando a presidente da unidade informou sobre a determinação da matriz japonesa de fechar a operação fabril no Brasil.
O motivo alegado para o fechamento foi a queda expressiva nos lucros nos últimos anos. Segundo a empresa, o lucro de R$ 11 milhões registrado em 2022 caiu para R$ 2 milhões em 2023. Apesar dos esforços para reverter o quadro em 2024, os resultados não foram satisfatórios, levando à decisão de encerrar o CNPJ da operação industrial. Apenas a área de logística da Omron, localizada em Extrema (MG), será mantida.
A fábrica de Jundiaí, que produzia equipamentos como monitores de pressão e nebulizadores, havia sido anunciada em 2018 com um investimento de R$ 60 milhões e tinha a meta de quadruplicar a produção da empresa no país até 2022. Em julho de 2025, representantes da empresa ainda se reuniram com a Prefeitura de Jundiaí para discutir novos projetos e parcerias, e na ocasião, informaram contar com 450 colaboradores na unidade.
Em negociação com o sindicato da categoria, a empresa acordou o pagamento de benefícios compensatórios aos trabalhadores demitidos :
- Funcionários efetivos: Receberam dois salários extras, manutenção do convênio médico e odontológico e do vale-alimentação até dezembro, além das verbas rescisórias.
- Funcionários temporários: Receberam dois salários extras, dois bônus de R$ 400,00 e as verbas rescisórias correspondentes.
A Omron também se comprometeu a realizar um feirão de empregos para auxiliar na recolocação dos funcionários no mercado de trabalho. Apesar do anúncio prévio, o mês de setembro foi o de maior produção do ano, com os trabalhadores se empenhando para cumprir as metas antes do fechamento. A equipe de reportagem tentou contato com a empresa, mas não obteve resposta.