Uma operação deflagrada na quinta-feira (24) pela Polícia Civil de São Paulo investiga suspeitos por crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro relacionados ao Instituto de Previdência do Município de Jundiaí (Iprejun). A operação, autorizada pelo juiz Guilherme Eduardo Martins Kellner, da 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital, incluiu mandados de busca e apreensão em diversos endereços na cidade e na capital paulista.
As investigações indicam que João Carlos Figueiredo, presidente da Associação Brasileira de Instituições de Previdência Estaduais e Municipais (Abipem) e um dos alvos da operação, teria utilizado sua posição para influenciar a destinação de recursos do Iprejun para determinados fundos de investimento. A suspeita é que essas operações eram intermediadas por uma empresa ligada a outros investigados, resultando em vantagens indevidas.
De acordo com o Relatório de Inteligência Financeira (RIF) do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), há “sérios indícios de práticas criminosas”, incluindo desvios de recursos públicos, lavagem de dinheiro e crime organizado. O documento menciona supostos desvios de investimentos do Iprejun para contas de sócios da empresa envolvida, além de saques em espécie e transferências para empresas de fachada.
Durante a operação, a Polícia apreendeu computadores, documentos, celulares e outros itens que podem servir como prova para o caso, e a investigação continua em andamento. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que todos os materiais recolhidos serão encaminhados para perícia.
