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Políticas Públicas no Esporte
As Olimpíadas e as Paraolimpíadas de Tóquio trazem um debate muito rico sobre a importância do esporte na vida de cada indivíduo.
A cada competição, a cada vitória, a cada pódio dos nossos atletas brasileiros, fico impressionado com as histórias de superação, dificuldades e muito esforço. Isso só evidencia como a desigualdade social está tão presente no esporte no Brasil.
Mas será que precisa ser assim tão desgastante e com tantas dificuldades? Eu acredito que não.
Mais incentivo no esporte é fundamental e essa responsabilidade é tanto do Governo Federal, como dos Estados e dos Municípios. O esporte precisa ser política pública de Governo.
O esporte é um importante aliado na formação das pessoas, principalmente das crianças e adolescentes, porém há pouco incentivo a projetos que irão revelar os nossos novos atletas, para as futuras Olimpíadas e Paraolimpíadas.
Em Jundiaí muitos bairros não contam com projetos de esportes, inclusive, não possuem áreas para a prática esportiva. Os 20 Centros Esportivos existentes (https://jundiai.sp.gov.br/esportes/complexos-educacionais-culturais-e-esportivos/) na cidade ficaram praticamente abandonados nesses últimos 4 anos, com poucos projetos e sem manutenção por parte da Prefeitura.
O acesso aos grandes Parques (https://turismo.jundiai.sp.gov.br/atrativos/parques-municipais/), em que pesem suas belezas naturais, muitas vezes são restritos àqueles que não dependem de transporte público.
A recém inaugurada pista de skate no Parque Mundo das Crianças, por exemplo, é muito importante, mas é preciso pensar também em como apoiar aquela criança ou adolescente que, sozinho, não consegue ir ao local, mas se encantou e quer se tornar um praticante desta modalidade, que estreou este ano nas Olimpíadas.
Em uma cidade do tamanho de Jundiaí é necessária a criação de polos descentralizados para prática esportiva. As escolas municipais e estaduais poderiam ser utilizadas para essa finalidade, com atividades coordenadas pela Prefeitura aos finais de semana. Isso contribuiria muito para a formação das nossas crianças e jovens.
É preciso pensar em espaços de aprendizado, a rua não pode ser a única opção.
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