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Professor da Escola de Negócios ensina como vender neste momento de crise

Redação

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No Estado de São Paulo, uma a cada quatro empresa registrada no CNPJ fecha antes de completar dois anos no mercado. Segundo dados do Panorama de Pequenos Negócios do Sebrae, a maior taxa de sobrevivência é a da indústria (81,4%), seguida da construção (80,5%), comércio (76,3%) e serviços (74,1%).

Os números representam um cenário anterior à crise por conta da disseminação do coronavírus e se os empreendedores não agirem rápido, a taxa de sobrevivência pode ser muito menor. “Do total das micro e pequenas empresas brasileiras, 20% operam no prejuízo e 60% de ‘pedalada’, vendendo o almoço para pagar o jantar. Só 20% delas obtêm bons resultados”, afirma Marcos Del Roy, professor da Escola de Negócios da Associação Comercial Empresaria (ACE) de Jundiaí e que há 20 anos trabalha com consultoria de gestão e treinamentos para pequena e média empresa. “Ou seja: 80% já corriam o risco de quebrar antes da pandemia e sabe quais são as causas? Falta de planejamento e de uso de ferramentas de gestão.”

Segundo ele, há empreendedores que não fazem gestão de custos e com a crise, os problemas já existentes vão se exponencializar.  “Será que não chegou a hora do despertar? Será que não é a hora do empreendedor enxergar de verdade o seu negócio?”

O diagnóstico da situação atual da empresa, orienta Del Roy, é o primeiro passo para a criação de novas estratégias que ajudarão o empreendedor a vender seus produtos e serviços e, assim, conseguir atravessar a crise. Para isso, ele recomenda:

·        Negocie redução de jornadas com os funcionários;

·        Revise estoques;

·        Converse mais com os seus clientes. O pós-venda é extremamente importante;

·        Analise custos e despesas: tem reserva no banco? qual é o valor de entrada e de saída do caixa? Quanto tem de capital de giro? Quanto tempo aguenta se manter sem entrada de receita?

·        Analise a possibilidade de prorrogar prazos de pagamentos;

·        Negocie prazos com fornecedores. Todos estão na mesma situação e devem se ajudar.

Estratégias de vendas

Em paralelo ao diagnóstico da situação financeira da empresa, é preciso criar estratégias de vendas e para isso Del Roy orienta o empresário a fazer contato com as pessoas que já são clientes da empresa. “Trabalhe com quem te conhece e já comprou o seu produto.”

Para esta “conversa” com os clientes, ele recomenda algumas estratégias de inovação:

·        Faça promoções e use o próprio celular para divulgá-las na base de clientes já existente. O empresário pode usar o WhatsApp Business, aplicativo com recursos extras para ajudar neste atendimento. O recurso permite a automatização de mensagens personalizadas e pode-se divulgar catálogos de produtos, preços e promoções. Avalie a possibilidade de entrega via delivery.

·         Email marketing: ainda usando a base de clientes existente, faça ‘combos” de produtos e dispare e-mails informando esta possibilidade de compra.

·        Faça contato por telefone: as empresas estão fechadas mas as pessoas, apesar do home office, continuam trabalhando. Ligue para os seus contatos e ofereça os seus produtos.

·        Grupos específicos no whatsApp: quem trabalha com serviços pode montar grupos e publicar conteúdos, dicas, sugestões e até aulas gratuitas.

·        Use as redes sociais: esta é uma importante ferramenta mas não adianta só divulgar os produtos. É preciso mostrar como o cliente pode comprar o que foi divulgado: indique um número de telefone para a efetivação da compra ou o endereço do site.

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