Ensino superior pode mais que dobrar salário no Brasil, aponta pesquisa da OCDE

Um diploma de ensino superior pode mais que dobrar o salário médio de um trabalhador no Brasil. É o que revela o relatório Education at a Glance 2025, divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Segundo o levantamento, profissionais brasileiros de 25 a 64 anos com ensino superior ganham, em média, 148% a mais do que aqueles que concluíram apenas o ensino médio. Na média dos países da OCDE, essa diferença é de cerca de 54%.

Apesar da vantagem salarial, apenas 20,5% da população com 25 anos ou mais possui ensino superior concluído no Brasil. Entre os jovens de 25 a 34 anos, a taxa chega a 24%. Outro dado preocupante é que cerca de 25% dos estudantes abandonam a graduação ainda no primeiro ano, e menos da metade conclui o curso no tempo previsto ou em até três anos após o prazo.

Para Renata Gracioso, vice-presidente da ESAMC Jundiaí, a pesquisa confirma a força do ensino superior como ferramenta de transformação profissional e social. “Ter um diploma amplia as oportunidades no mercado de trabalho, possibilitando acesso a cargos mais qualificados e melhor remunerados. Além disso, a graduação não traz apenas conhecimento técnico, mas desenvolve competências essenciais, como pensamento crítico, comunicação e trabalho em equipe”, afirma.

De acordo com Renata, a ESAMC Jundiaí tem registrado resultados positivos nesse sentido: “Nossas pesquisas internas apontam que 90% dos ex-alunos estão empregados. Isso mostra como a formação amplia as chances de empregabilidade e também abre portas para especializações e pós-graduações, fortalecendo o conhecimento e lapidando a carreira de cada aluno”, explica.

Outro aspecto levantado pela vice-presidente é a preocupação com o custo da mensalidade. Para muitos jovens, o investimento inicial pode ser visto como uma barreira. “A educação deve ser entendida como um investimento de longo prazo. Quem não buscar o ensino superior dificilmente sairá de posições de assistente em grandes empresas, enquanto quem se qualificar tem maiores chances de crescer e alcançar cargos de liderança”, ressalta. Segundo ela, a ESAMC Jundiaí busca viabilizar esse acesso com mensalidades que apresentam bom custo-benefício e horários que permitem ao aluno trabalhar durante o dia e estudar à noite.

A pesquisa da OCDE também revelou que a diferença salarial no Brasil entre quem tem e quem não tem diploma é maior do que em outros países, e Renata associa isso às deficiências da educação básica. “Muitos alunos chegam ao ensino superior com dificuldades em português, matemática e raciocínio lógico. Nesse cenário, cabe à universidade nivelar esses estudantes e prepará-los para atender às exigências do mercado de trabalho”, explica.

Para garantir que os alunos saiam preparados não apenas com o diploma, mas também com diferenciais competitivos, a ESAMC Jundiaí aposta em iniciativas que aproximam os jovens do mercado. Entre elas estão as parcerias com mais de 200 empresas da região, que oferecem estágios, processos seletivos exclusivos e eventos de relacionamento. A instituição também investe em uma metodologia pedagógica voltada para a prática, com professores que atuam em suas áreas e trazem experiências reais para a sala de aula. Além disso, promove eventos, workshops e atividades de extensão, como o Festival de Curtas e o Fashion Revolution, que incentivam a produção de portfólios e ampliam a visibilidade dos estudantes.

Renata reforça ainda a mensagem para aqueles que estão em dúvida sobre ingressar no ensino superior. “O ensino superior é um investimento em você para o longo prazo. Onde você quer estar daqui a 5, 10 ou 20 anos? Sem a graduação, provavelmente não irá chegar lá”, conclui.

Publicidade