Em Jundiaí, Hip Hop District reuniu milhares e movimentou a economia

Imensamente aguardado por dançarinos vindos de diferentes estados brasileiros e países vizinhos, o festival internacional Hip Hop District voltou a movimentar Jundiaí e região nos últimos dias. Considerado o maior do gênero na América Latina, o evento reuniu profissionais e estudantes para cinco dias de workshops, apresentações e competições.

Esta foi a quinta edição do Hip Hop District, a primeira depois da pandemia. Cerca de 25 mil pessoas acompanharam o evento entre os dias 12 e 16 de outubro, número levemente inferior ao público da última edição, em 2019. “Essa redução era esperada, dadas as dificuldades logísticas e financeiras estabelecidas nos últimos anos, mas, ao mesmo tempo, reforça o quanto a comunidade da dança segue engajada entorno da nossa proposta”, conta Felipe Hass, produtor executivo e um dos idealizadores do festival.

Do público total, 3,5 mil vieram de outros estados e países em busca de capacitação e encontros com alguns dos maiores profissionais das danças urbanas do mundo. A movimentação turística foi tamanha que os principais hotéis da cidade e região tiveram suas reservas esgotadas no período do festival, demonstrando o grande impacto econômico que o Hip Hop District oferece para Jundiaí e municípios vizinhos.

“Anualmente, estabelecemos parcerias com empresas da cidade e com o poder público para oferecer uma experiência de qualidade para todas as pessoas que vêm à Jundiaí acompanhar o evento, envolvendo e fortalecendo a economia local”, explica Felipe. “Ainda estamos levantando números desses últimos dias, mas o retorno dos nossos parceiros está extremamente positivo”, conta o produtor.

Além dos hotéis, há colaboração também com o Fundo Social de Solidariedade de Jundiaí, que recebeu quase 5 toneladas de alimentos não perecíveis arrecadados pelo evento. Diariamente, o público regional pôde acompanhar mostras e competições no Parque da Uva, com participações das principais companhias de dança do país. O acesso era gratuito mediante a doação voluntária dos alimentos, posteriormente destinados à instituição.

A gratuidade da programação é parte das contrapartidas oferecidas pelo evento por utilizar recursos vindos da lei estadual de incentivo à cultura – ProAC ICMS.

Profissionais ilustres e modalidade olímpica – Reconhecido pelo seleto time de profissionais convidados a cada edição, o Hip Hop District contou com 8 professores internacionais e 14 nacionais, demonstrando a sua preocupação em valorizar e fomentar o país. Destaque para as brasileiras Taysa Copelli, jundiaiense que já dançou com Kanye West, e Fran Manson, precursora do estilo Vogue no Brasil, além do ídolo estadunidense Kida the Great, vencedor da 13ª temporada do programa televisivo “So You Think You Can Dance” e coreógrafo de “Come Around Me”, de Justin Bieber.

O evento também foi marcado pelo grandioso número de participantes interessados nas batalhas e aulas de breaking, estilo que estreará como modalidade esportiva nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 – a seletiva para as competições de breaking contou com mais de 300 pessoas inscritas.

Mais hip hop – A dança não foi a única linguagem valorizada pelo festival. Duas festas receberam o som de grandes DJs brasileiros, como Nyack, um dos criadores da festa paulistana Discopédia, e Cinara, vencedora do WME Awards by VEVO em 2017 na categoria Melhor DJ e duas vezes campeã do Red Bull 3Style Brasil.

Futuro – Se essa edição mal acabou, a próxima já está no forno. “Já estamos trabalhando para 2023. Na verdade, é um processo contínuo de análise, planejamento e inovação. Uma coisa que já sabemos é que o Hip Hop District deve explorar outras localidades a partir do próximo ano, buscando oferecer ainda mais qualidade para os dançarinos”, diz Felipe Hass.

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